quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Primeira Entrevista...


Numa sala onde estava uma agradável temperatura a rondar os 5º Celsius, tivémos a primeira reunião com uma Assistente Social...

Foi uma conversa educativa...


Ficámos a saber que não nos aconselham a adoptar irmãos, devido à nossa situação financeira...

Ficámos a saber que temos 162 processos à nossa frente só no ano de 2007...

Ficámos a saber que este ano estão a entregar crianças a processos (que pretendem adoptar crianças com as mesmas características que nós queremos) que se inscreveram em 2001...

Mas não vamos, de maneira alguma, desesperar...

No dia 16 de Janeiro de 2008 vamos lá voltar para sermos avaliados psicologicamente, seguindo-se uma entrevista (também ela psicológica) e uma visita a nossa casa...

Até lá, há que "gozar a vida"...

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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A Andar


Tal como decidido, na passada sexta-feira (dia 23 de Novembro) passámos pelo Serviço de Adopções da Segurança Social a entregar a documentação necessária. Restava (mais uma vez) esperar pelo contacto...


Mas, não nos podemos queixar, porque hoje (dia 27 de Novembro) já ligaram a marcar a "tão famosa" primeira entrevista. Aquela que, mesmo que não tenha a carga que pensamos ter, deixa-nos ansiosos.

Dia 17 de Dezembro. 15 horas. Lá estaremos. Já está marcada em duas agendas, com lembretes em dois telemóveis e com algumas pessoas avisadas para o caso de mesmo assim nos esquecermos... AH!AH!AH! Íamos nós esquecermo-nos de uma coisa destas. Mas só pelo sim pelo não...

Agora temos que começar a "cuscar" entre os pouquíssimos pais adoptivos que conhecemos o que nos irão perguntar. Que mais quererão saber de nós, depois de 45 perguntas (algumas bem parvas) que tivémos de responder por escrito? Será tipo "oral". É que se é isso, pelo menos eu sempre me safei muito bem e com melhor nota do que entrei.

Agora é uma questão de contagem decrescente. Já só faltam: 19 dias (é que já passa da meia-noite).
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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Está Decidido!


Hoje ficou bem claro nas nossas cabeças aquilo que queremos e a forma como queremos fazer. Com uma ajudinha do técnico do Serviço de Adopções que está a seguir o nosso processo e que está a ser de uma dedicação fantástica.


Das cerca de 45 perguntas a que tínhamos de responder do inquérito da Segurança Social para o nosso processo "ganhar asas e voar", deixámos uma em branco: IRMÃOS? Nunca quisémos ficar por um só filho e sempre pensámos que dois era óptimo. A adopção dá-nos a possibilidade de ter vários ao mesmo tempo e com menos dor...

A resposta estava dependente da explicação que nos dessem para o tempo que demora uma entrada de processo para segunda adopção. Foi-nos então dito que, embora esta fase inicial do processo seja saltada, nunca se sabe o tempo que demorará tudo o resto. Ou seja, a decisão está mesmo nas nossas mãos.

Nós queremos que o(a) nosso(a) filho(a) nos seja entregue com idade pré-escolar, para facilitar a adaptação, mas "não será difícil arranjar dois irmãos em idade pré-escolar?" - perguntei na minha ignorância. "Claro que não" - respondeu ele. "Há com idades muito próximas e até gémeos". PALAVRA MÁGICA - GÉMEOS. A única coisa em relação à maternidade que sempre tive a certeza que gostaria de ter. E foi um sininho que tocou em ambos (eu e o meu marido).

Afinal a resposta à pergunta deixada em branco era tão simples... só não sabíamos a razão para tanta vontade de responder afirmativamente.
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quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Passo a Passo


Para já as coisas estão a ser bastante rápidas. Da Segurança Social, já nos enviaram os documentos a reunir para nos candidatarmos a família de adopção. Depois, só temos que os entregar, irmos a uma entrevista e esperar 6 meses pela decisão e pelo carimbo a dizer "FAMÍLIA APTA" ou "FAMÍLIA NÃO APTA".


A burocracia: já a temos. A entrega dos documentos: para a semana. Daí para a frente: não está nas nossas mãos.

O que está ao nosso alcance está a ser despachado. Até as coisas mais difíceis, como dar a notícia a pais e irmãos e informá-los da nossa decisão. À primeira vista, também está tudo OK. Estes são os primeiros passos, os segundos... são mais lentos. É agora que a nossa paciência vai ser posta à prova.

Quanto à segunda opção, a inseminação artificial, está mais longe de ser concretizada. Será mesmo uma espécie de última hipótese. Não está totalmente posta de parte, até porque o carimbo pode ser desfavorável. E, nesse caso, teremos sempre esta solução, uma espécie de "Plano B".

A adopção é mesmo o maior desejo que agora temos. Nós queremos um filho, com ou sem gravidez intra-uterina. E assim se salvam várias pessoas de uma vez só: nós damos carinho a uma criança que precisa de pais e uma criança dá-nos o carinho que queremos de um filho.
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sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Como Tudo Começou


Há 4 anos e meio decidimos que deixaríamos de tomar precauções para não engravidar. Sem pressas, gostaríamos de ter um filho, mas sem nunca ser a nossa preocupação maior. Passou-se um ano até que decidimos ir à ginecologista: «tudo bem à primeira vista. Continuem a tentar».


Deixámos andar, sempre sem pressa, nem preocupação. Continuava a não ser uma prioridade, mas um desejo.

Há coisa de um mês, decidimos (finalmente) levar a sério o desejo ainda não realizado. Exames para aqui e para ali... resultado: sozinhos é impossível! Inseminação artificial é a opção. Mas será que é isso que realmente queremos?

A primeira solução encontrada foi mesmo a adopção e, sem nunca nos desviarmos da hipótese de ter um filho biológico, o que queremos é um FILHO. E assim decidimos avançar em duas frentes: com a adopção e com a possibilidade de inseminação. Ambas demoram bem mais do que uma gravidez "normal". O lado bom, porque também temos de os ver, são menos enjôos e mais tempo de preparação.

Qualquer um dos passos é difícil de dar, mas aqui estamos para contar.

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Há Sempre Solução...


Este é um local onde vamos desabafar as facilidades e as dificuldades de alguém que se viu frente a um problema, mas que é positivo e vê que há sempre solução.


Neste caso, a dificuldade é a de conceber naturalmente um filho. A solução é a adopção.


A nossa confrontação com o problema, a nossa pronta solução para o problema, a confrontação da família com o problema e com a solução, as dificuldades para chegar onde queremos, tudo o que é preciso ultrapassar e como vamos passando.

Será um prazer ouvir os outros e esperamos que os outros gostem de nos ouvir.

Obrigado por passarem por cá e deixarem os vossos comentários.