quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

É Natal


Feliz Natal!


Este é mais um Natal em que ainda só somos dois. Este é mais um Natal rodeados de grávidas felizes. Este é mais um momento em que todos se lembram de nos perguntar se já sabemos de alguma coisa e de nos aconselharem 'esperança' e 'paciência'. Este é, apenas, mais um Natal para nós.

Sabemos que se seguirão outros Natais como este. E, por isso, resta-nos desejar um Feliz Natal a todos, acompanhar os bebés que aí vêm e de respondermos com um sorriso.

A nossa 'gravidez' corre como esperávamos: sem notícias, sem pressas e com muito amor. É essa a palavra: AMOR. É o que damos um ao outro e aos que nos estão próximos. Aquele que ainda nos resta, vamos guardando - como moedinhas no mealheiro. Assim, quando tivermos que o distribuir por mais um, será ainda em maior quantidade.

Feliz Natal!
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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Carta ao BabyBlogs


A adopção não faz só parte da vida de quem está disposto a fazê-lo. A adopção é um passo que deve ser dado com a confiança e a conivência de quem nos está próximo e que vai fazer parte da vida da criança que há-de chegar.


Eu costumo dizer que a diferença entre o (a) nosso (a) filho (a) e o da maioria das pessoas é a duração da gravidez. Uma gravidez normal, dura 9 meses. A dos adoptados dura entre 5 e 6 anos.

Vendo pelo lado mais positivo, temos mais tempo para nos prepararmos, para nos assegurarmos do que vamos fazer, de crescermos! Nós e toda a nossa família (onde se incluem os nossos amigos).

O importante é isso mesmo: estarmos rodeados de quem temos a certeza que vai sentir o mesmo que nós por uma criança que, como todas as outras, nos chega como um desconhecido aos braços.
Quanto às dúvidas de pai e mãe: quem não as tem?


(Este foi um testemunho enviado para um dos blogs mais completos sobre crianças. Desde a concepção ao crescimento. Em http://babyblogs1.blogspot.com/ Vale a pena)
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sem Notícias


Já sabíamos que ia ser assim. Já nos tinham avisado. Faz hoje cinco meses que recebemos o SIM da Segurança Social. O que também se pode ler como: faz hoje cinco meses que não fazemos ideia do que vai ser o nosso futuro.


A 'gravidez' ainda não aperta, mas há alturas em que nos apetece pensar nisso... aliás: há alturas em que NOS fazem pensar nisso. Quando, na maior das inocências, alguém decide perguntar: «então, já sabem de alguma coisa?», o que está (mais ou menos) ao mesmo nível do: «para quando um bebé?» quando andamos a tentar engravidar.

Mas como nós temos 'Sempre Solução', deixamos andar, respondemos simpaticamente, mas de maneira a que essa pessoa não nos volte a perguntar e, assim, eliminamos mais uma que quer saber mais do que nós. Basta dizer: «vai demorar. Quando soubermos de alguma coisa não vamos esconder e fazemos questão de dizer».

Passei por aqui só mesmo porque há muito que não dizíamos nada. Há cinco meses, para ser mais precisa. E fica o recado: não dissemos porque não havia nada para dizer.
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quinta-feira, 17 de abril de 2008

PARABÉNS a nós!


Exactamente um mês depois de A visita, recebemos A carta que só esperávamos em meados do mês de Junho, e que reza assim:


'Na sequência da candidatura acima indicada, e após conclusão do estudo de situação, efectuado nos termos do disposto (...), notifica-se V. Ex.ª(s) de que, por decisão 25/03/2008 da Directora do CD de Lisboa, foram seleccionados como candidatos a adoptantes.'

E temos direito a um Certificado de Selecção e tudo!

A nossa "gravidez" começou, agora resta saber de quanto tempo. Juntamo-nos assim aos milhares de casais/ individuais que (des)esperam que lhes batam à porta com uma criança.

Mas vendo as coisas (como sempre) pelo lado positivo e tal como disse ao nosso canito quando abrimos a carta: "A Senhora Segurança Social é muito simpática e deixou-nos dar-te um irmãozinho". Ele reagiu saltando e ladrando, como que nos felicitando.
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segunda-feira, 17 de março de 2008

A Visita


A visita a casa foi um bocadinho diferente do que estávamos à espera. A senhora chegou e sentou-se connosco na mesa da sala para falarmos um bocadinho mais de tudo o que já tínhamos falado anteriormente. A razão? Desta vez estávamos no nosso meio!


Isso é bom? Mau? Não sei. Apenas nos limitámos a responder, perguntar, ouvir e falar sobre tudo o que já tinha sido tema nos encontros anteriores. Não tivémos direito a mais ou menos simpatia, a mais ou menos respostas, a mais ou menos certezas do que aquelas que já tínhamos.

Ao fim de duas horas de conversa, a técnica pegou no seu casaco, deixando-nos a pensar: "mas ela não veio ver a casa?". E veio mesmo, mas a visita foi tão curta que não entrou em nenhuma divisão (a não ser a sala onde nos sentámos) e limitou-se a espreitar (de longe) para o quarto que temos destinado a uma criança.

A conversa foi longa, a visita brevíssima, o futuro será "desesperante" (avisou-nos ela, mais uma vez).
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Entrevistas...

Pouco tempo depois de sabermos que teríamos uma entrevista psicológica no dia 16 de Janeiro de 2008, foi-nos marcada para o dia 17 de Janeiro de 2008 uma outra entrevista...

Na do dia 16 de Janeiro, fomos confrontados com as seguintes situações:

- Elaborar 6 histórias que teriam que conter 12 palavras (ou suas derivadas) previamente disponibilizadas em pequenos cartões...

- Questionário com mais de 150 perguntas...

Estas duas situações foram tratadas individualmente (apenas nos vimos à entrada e à saída das salas)...

A mim calharam-me as histórias em primeiro lugar e o questionário no final...

Após ter inventado 6 histórias (onde primou o detalhe e a imaginação), respondi ao tal questionário onde, de 10 em 10 ou de 15 em 15 perguntas, o tema ia sempre parar ao mesmo (álcool, drogas e depressão)...

Ao Plano A calharam as histórias no final...

O engraçado da questão foi o facto de terem pedido ao Plano A que as suas histórias fossem mais detalhadas... Terei eu culpa ???

No dia seguinte lá fomos para uma entrevista que contou com a presença de uma psicóloga (que esmiuçou a nossa infância e a nossa adolescência) e de um pedo-psicólogo (que só tirou notas acerca do que dizíamos)...

Começamos a falar às 11:00 e fomos "interrompidos" por volta das 13:30 porque já se estava a "fazer tarde"...

Mas tudo correu, na nossa opinião, bem...

Ficámos a saber que no dia 17 de Março de 2008 (exactamente 3 meses depois de lá termos ido pela primeira vez), teremos a visita da Assistente Social com que falámos...

Depois dessa visita ficarão a faltar exactamente 3 meses até sabermos se somos uma "FAMÍLIA APTA" ou uma "FAMÍLIA NÃO APTA"...

Até lá é aguardar calmamente...
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